Piorei, fui ao psiquiatra...
Ele: "É..."
— Mas então eu nunca?
Ele: "Nunca"
— Nada de Roraima?
"Nada"
— Nem Estados Unidos? Cajueiro?
"Não."
— Isolda não foi coroada? Eu vi!
"É assim mesmo."
— Nós dançamos!
"Eu sei"
— Vaga-lu...
"Não!"
— ...
— Hum...
— ...
"137,50... pix mesmo?
Volte semana que vêm" Após alguns anos, voltando a postar! Alguém ainda lê blogs? Se você viu isso, me avisa de alguma forma!
Ainda existe! Esse blog na
verdade, resiste! Afinal, quem precisa de leitores? Ok, nesse caso, escritores
também, mea culpa.
Antes tarde, passo por aqui
apenas para registrar que mais uma vez aqueles “detalhezinhos de vida”
permearam um dos meus dias, uma besteira qualquer, mas besteira daquelas que eu
adoro. E que muita gente diz que só eu lembro/percebo/dou bola.
Alerta de conteúdo boomer!
Avisados?
Vou tentar não dar muitas voltas,
mas não seria eu escrevendo se não explicasse um baita contexto, com texto.
Sempre gostei de baixar músicas
engraçadas, talvez herança de ter conhecido Mamonas Assassinas aos 13 anos, por
causa disso tenho uma playlist no Soundcloud chamada “Sonzeiras”, que poderia
ser “Zoeiras”, lembro que baixei o app justamente por quê lá é mais fácil de
achar as versões das músicas dos memes ou coisas que por vários motivos não
podem tocar em outros lugares, entre essas músicas estão as da UDR - 666, que me
foram sugeridas pelo próprio aplicativo. Para quem não conhece a UDR - 666, é uma
dupla antiga de eletrofunk com letras bizarras, bizarras mesmo! Porém, muito
engraçadas, sempre dou risada sozinho quando ouço.
Dito isso, também ando na onda
dos podcasts, na real têm um tempo já, uns 3 anos, ouço muitos, dos mais
variados tipos, história, esportes, notícias e claro, humor. Entre os de humor
está um chamado Decrépitos. E é daí que veio minha sinapse do dia! Anos ouvindo
o programa e não sabia que um dos integrantes era o vocalista da UDR - 666, mais
precisamente, Rafael Mordente.
Toda essa volta para chegar no
principal assunto do texto... nosso senso de humor nunca nos trai, pelo menos
não o meu! E já tive várias provas disso, se têm algo que acho engraçado, ele
se manifesta mesmo quando não percebo de onde vêm o gatilho da graça.
Outro exemplo: sempre gostei
demais do programa Larica Total do Canal Brasil, acompanhava semanalmente, e
confesso que por vezes ele até quase me convenceu de que pode ser legal
cozinhar. Quase.
Alguns anos depois, numa
indicação do Youtube, caí nos vídeos do Choque de Cultura, pirei, achei genial,
a coisa mais engraçada que tinha visto em tempos! E, algum tempo depois em uma
entrevista fiquei sabendo que os integrantes eram os caras que roteirizavam o
Larica Total. Bingo! Humor reconhecido!
E quando vemos quais são as
referências ou a origem do humor das pessoas que produzem o que achamos
engraçado, sempre está algo que você reconhece, no meu caso, galera que cresceu
nos anos 90 lendo MAD, assistindo Beavis And Butthead, MTV, Chaves, Hermes
& Renato, Casseta & Planeta, TV Pirata... a lista é longa!
Esse lance de “achar graça” talvez
seja uma das coisas que mais diferencia uma geração da outra, talvez por isso eu
não consiga achar graça no Tik Tok, mas rache o bico ouvindo Orgia de Traveco
da UDR - 666.
Seis da manhã. Como de costume meu rádio-relógio cantou, e
eu já acordei rindo, devido à música que estava tocando: Mil corações, do Gian
e Giovani.
Sempre dou um sorriso nostálgico quando escuto essa música,
foi a última música que ouvi no estado do Mato Grosso do Sul, explico... essa
música tocava exatamente quando o caminhão de mudança atravessava a ponte em
Guaíra rumo a Cascavel.
Agora o que de fato me impressionou, e para confirmar, fui pesquisar, isso ocorreu há praticamente
exatos 22 anos. Dia 24/06/1998.
Como eu sei? Lembro que saímos na noite após o jogo Brasil 1
x 2 Noruega, na Copa da França. Tenho até fotos daqueles dias, com corneta da
Copa.
Lembro inclusive que tinha duas ou três revistas Mad para
ler na viagem, e dois chocolates Nescau para comer. As revistas esqueci no
caminhão, ficaram de presente para o motorista.
Como eu faço para lembrar dessas coisas? Simples! Todo ano
eu conto a mesma história!
Fala gente! Tudo certo? Em tempo de quarentena, tenho uma dica boa, caso você ainda não tenha visto! Dark! Na minha opinião, a melhor série do Netflix! Dá uma conferida no porquê eu acho isso!
Esses contadores, malditos contadores... Não não, não tô falando daquele profissional que mexe com números, tô falando dos contadores de visualizações, sejam quais forem, sempre nos fazem mal...
Porém tem um que não está me fazendo mal, mas está me deixando intrigado... Fiquei meses sem postar aqui, mas desde que voltei a postar, tenho tido a média de três visualizações...
Só queria saber: QUEM SÃO VOCÊS TRÊS QUE LEEM ESSA PÁGINA??
Que tristeza, hoje nos deixou o multi talentoso Aldir Blanc... devo a ele um pouquinho do meu diploma de pós graduação, e o Brasil deve a ele muito, pela resistência e perspicácia durante a Ditadura Militar... Descanse em paz Aldir!
Alguns assuntos requerem atenção e sensibilidade maiores que outros, entre eles está a escravidão, porém, não é raro vermos peças de publicidade utilizando a escravidão de forma romantizada, no vídeo abaixo dou um exemplo disso. Chega mais! Dá uma olhada! Depois deixa o seu comentário ali embaixo!
Menina boba, apaixonada. Sabe de nada. Menino tolo, da vida virada. Pensa que ela não sabe de nada. Sabe de nada. Sábio virado, pobre coitado. Pensa enquanto não sabe de nada. Tolo menino, apaixonado. Sabe ela que ele não sabe de nada.
A alguns dias venho tentando resolver um problema de cobrança indevida com a Netflix, a qual eles chamaram de "Débito teste", será que já não aconteceu com você?
Se tem uma coisa que
eu gosto é tatuagem! Até por isso, tenho nove. A história que vou contar agora
é sobre uma delas, a segunda que eu fiz, uma relativamente grande, que toma
todo o meu ombro esquerdo.
Para quem não sabe,
ou nunca percebeu, eu sou negão. Ou seja, tatuagem para aparecer no meu
courinho tem que ser daquelas boas! Bem pintada! Nada de tracinhos delicados.
Tinta preta com vontade! E como resultado, a cicatrização é mais dolorida até
do que o momento de fazer a tattoo.
Eu sempre presto
muita atenção às recomendações do tatuador, uso o plástico, a pomada, mesmo
assim, sempre fica muito tempo sangrando, dolorido, sujando tudo.
Essa tatuagem já
tinha com ela um quê de sofrimento especial, ela já estava sendo “pintada” pela
segunda vez, eu havia pedido um help para meu amigo José, que depois fez cinco
das minhas nove tatuagens, essa não era trabalho dele, e eu achava que ela não
estava preta o suficiente, então um mês depois de feita, eu já decidi pintar
tudo novamente, e quem já tem tattoo sabe, isso dói! Muito! Sério!
O José sempre faz as
mesmas recomendações: “lave com água corrente fria, seque com pano limpo, passe
uma fina camada de pomada e proteja com o plástico.”. Eu já sei de cor.
Sabendo de todas as
recomendações, aquele belo dia, algumas horas depois de terminada a sessão de
tatuagem, sangrando muito ainda, eu angustiado para lavar o ombro, entrei no
chuveiro, já sabendo que seria muito ardido.
Já lá dentro do box,
chuveiro aberto, avistei algo que me pareceu uma ótima ideia. Sabonete íntimo
feminino!
Meu raciocínio... o
negócio é feito para lavar uma parte ultra sensível, ultra delicada... deve ser
bom para lavar tatuagem! E ainda deve deixar um cheirinho bom!
Coloquei na minha mão
e passei na tatuagem. Rapaz... aquilo foi como ácido sulfúrico! Não, não era
uma boa ideia.
Aquilo queimava! E eu
sem poder esfregar porque a pele recém tatuada arde só de olhar pra ela, eu não
podia sair correndo, afinal estava pelado (e não faria sentido). Eu estava
desesperado, deixando a água correr no meu ombro, e me sentido o cara mais
idiota do mundo.
Aqueles minutos
pareceram horas, mas a ardência aos poucos foi passando, eu não sou escandaloso,
mesmo em desespero, não gritei, xinguei ou coisa do tipo, afinal, a época eu
era casado, e eu não passaria por esse ridículo diante da esposa, isso faria
minha dignidade escorrer pelo ralo junto com a espuma do sabonete.
Me recuperei, me
sequei, passei a fina camada de pomada, coloquei o plástico, saí do banheiro, quando
passei pela minha ex-esposa eu só falei: “Nunca tatue a periquita”.
Dia 30 de abril, saí
de casa com mais dois amigos, destino: balada! Mas com um propósito: não beber
e voltar cedo para casa, pois no dia seguinte tinha que estar acordado cedo
para o tradicional torneio de futebol dos joalheiros, que acontece todo dia do
trabalhador, 1º de Maio.
Não direi o nome dos
amigos, mas basta citar que ambos são policiais hoje em dia, só para deixar no
ar e refrescar a memória de quem sabe da história.
Baladinha rolando, e
nós três perto da porta, braços cruzados, sem beber, só observando o
movimento. Lá pelas tantas percebi uma guria olhando por cima do ombro,
cutuquei na costela do meu amigo, por sinal, bem mais apessoado que eu (cara
fazia sucesso na night!), e disse: “olha ali cara, aquela ali não para de olhar
para você!”.
Ficamos cuidando para
ver se era verdade, e ela realmente continuava a olhar em nossa direção, e
também, chegando cada vez mais perto, juntamente com uma amiga.
Aquele ambiente de
flerte, hora escuro, hora colorido. E já não tinha mais dúvida, ela estava
“dando moral”. Mas comecei a prestar mais atenção, e cheguei a uma conclusão.
Outra cutucada na costela: “cara, não é pra você não! É pra mim que ela está
olhando!”.
E foi ficando
evidente, era pra mim! Até que meus amigos resolveram ir embora, porquê iriam
passar o feriado em suas respectivas cidades, as quais também não irei citar,
não lembro se esse meu amigo já namorava nessa época, vai que eu queimo o rapaz
né?
Eu, logicamente já
não queria arredar pé, até porquê as meninas já estavam literalmente ao lado,
até se esbarrando. Confesso que fiquei meio “de cara” pelo abandono do restante
da “tropa”, não se deixa um soldado sozinho no campo de batalha. Mas enfim...
“eu tava ali, ela também, ela também estava ali, tava parada e olhando para
mim...”. Puxei papo. Aquele bem idiota de balada mesmo, que você pergunta algo,
a pessoa não escuta, responde que sim, e você finge que entendeu, se esforçando
para tentar se balançar no ritmo da música.
E assim foi, a essa
altura eu já tinha bebido algumas cervejas para dar aquela coragem, e já não
era tão cedo, ou seja, meus propósitos já tinham ido pelo ralo. Maaaaassss...
“a mina tava na minha mano!”. Já tinham rolado alguns beijinhos, e já estávamos
no meio da pista de dança, onde a luz pisca ainda mais, e se ouve e se enxerga
ainda menos.
A noite se mostrava muito boa, afinal para um solteiro um dos grandes objetivos na balada
é esse... “pegar” alguém. Mas é a partir daí que a coisa começou a ficar meio
estranha, e a noite foi se tornando digna de lembrança mesmo após tantos anos.
No meio da pista, a
menina me largou, e gritou no meu ouvido: “beija a minha amiga!”.
Rapaz... eu olhei a
amiga, ela era ainda mais bonita! E não sei se já estava combinado, mas ela estava
olhando para nós, e parecia estar de acordo! E eu? A R R E G U E I!
Isso mesmo, arreguei!
Não beijei a outra não. Continuei no que já estava garantido, acho que é algo
de personalidade, ou “bundamolismo” mesmo. Ditado bom pra usar nessa hora:
“mais vale um pássaro na mão do que dois voando”.
Elas riram da minha
cara, mas não foi algo que tenha me cortado da situação, logo a amiga encontrou
um outro cara, e assim a noite seguiu. E inevitavelmente, já não era mais cedo,
a madrugada já contava seus gatos pingados. Hora de ir embora.
Já do lado de fora,
hora de garantir os contatinhos, em uma época pré Whatsapp, isso era
importante. Percebi que as meninas precisavam de carona, assim como o rapaz que
estava com a outra menina. E assim foi, ao chegar na casa da, digamos “minha”,
ela convidou: “vamos entrar?”
Cacilda... eu
obviamente não estava mais pensando no jogo ao qual eu teria que comparecer
algumas horas depois. Entramos.
Eu ainda estava
achando aquela noite “boa demais pra ser verdade”. Eu já tinha até recusado
beijo. Mas a testosterona estava ali, me mantendo curioso para saber no que
aquilo iria dar.
Desculpem, mas é
inevitável, tenho que dar alguns detalhes do que se seguia, mesmo que
impróprios (mãe, atual namorada, não leiam esse texto).
O clima de amassos,
obviamente continuou, a amiga e o rapaz logo sumiram. E eu fui levado para um
quarto. Escuroooo. Meus pensamentos ainda se dividiam entre: “como sou
sortudo”, “tenho jogo daqui a pouco”, “isso é bom demais pra ser verdade”.
Algumas peças de
roupa a menos.
Cai um sutiã...
E meu coração parou.
Ela tinha silicone!
Silicone!
Rapaz, veio um
filminho da noite na minha cabeça!
E uma certeza: “é
travesti! Puta que o pariu, é travesti!”.
Eu só conseguia
pensar: “por isso foi tão fácil, por isso! Como eu não percebi, é travesti!”
O ditado: “Mais vale
um pássaro na mão do que dois voando” me soou horripilante nessa hora!
Eu não sou
homofóbico, nem um pouco, mas estava com muito medo da situação! Até porquê eu
sei que “travesti não é bagunça”!
Não sei quanto tempo
se passou, para mim foi como se o tempo tivesse parado, entre a queda do sutiã
e a da calcinha. Eu não podia olhar, até porquê estava escuro, e eu não queria
de jeito nenhum por a mão.
Não, não! Como aquilo
poderia estar acontecendo??
Eu não conseguia nem
fazer piada lembrando da música das Velhas Virgens: “...se era homem, era um
homem lindo...” (até porquê, acho que nem conhecia essa música ainda...).
Até que... não.
Não!
Não tinha passarinho.
Não era travesti! Ou
o cirurgião tailandês foi muito bom.
Minha respiração
voltou ao normal.
E eu só pensava:
“Puta que pariu, tenho jogo daqui a pouco.”