
Surgidos na África a alguns milhões de anos, como nos mostram os fósseis encontrados por arqueólogos e antropólogos, e posteriormente espalhados por todos os cantos do planeta, vindo a povoar toda parte onde fosse possível encontrar comida. Conhecemos bem a trajetória dos evoluídos homo sapiens.
Surgido na África? Evoluído? Há quem diga que não, porém, estudos científicos contrariam teorias criacionistas e religiosas, ou teorias de que existam raças superiores, e são capazes de traçar o caminho evolutivo percorrido pelo homem, e comprovar que somos sim uma só raça, branco ou negro, apesar de todas as diferenças, as sutis e as aparentes, “descemos das mesmas árvores”.
Outro fato certo é que mais uma vez o homem africano partiu de seu lar, para se enraizar em terras distantes, terras além mar. Agora não mais em busca do alimento, não mais por vontade própria, e sim pela vontade daqueles que agora, ou nunca, os considerou da mesma raça. Agora o negro africano não era mais humano, era escravo. Era brasileiro.
E o negro deu o “rosto” ao brasileiro, afinal pesquisas do IBGE apontam que atualmente 6,3% da população se auto-declara negra, e 43,2%, parda. E isso fica mais evidente se levarmos em consideração que estudos genéticos garantem que 86% dos brasileiros possuem pelo menos 10% de seu genoma de origem da África Subsaariana.
Hoje sem muito espanto percebemos a influência do negro na construção do Brasil, não apenas na constituição do povo, mas em como isso se deu, e analisando o sentido literal da palavra construção, desde sempre, se algo foi construído, e foi necessário força e suor, lá estava o negro, sob o estalo do chicote ou o grito do patrão.
Falar sobre o negro no Brasil, é falar sempre em maioria. Maioria da população pobre, maioria dentro dos presídios, maioria dos desempregados, maioria fora das escolas e universidades, onde houver algum tipo de prejuízo ao ser humano no Brasil, o negro será maioria. Devido a isso afirmo que é preciso acima de tudo:
Ter consciência do que é ser negro.
Ter vontade de ser negro.
Ter orgulho de ser negro e brasileiro.
Mesmo que nossos antepassados tenham sofrido tanto por não querer isso.
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