sábado, 1 de janeiro de 2011

Sorriso...

Exatamente 4:46 da manhã do dia 02/01/11, é essa a hora em que eu escrevo isso, eu já estava a uns quarenta minutos na cama, recém chegado da balada, já era para estar dormindo a muito, mas por algum motivo, uma coisa não me sai da cabeça, algo que aconteceu hoje.
            Na semana passada, semana Natalina, eu e alguns amigos visitamos alguns lugares, levando cestas básicas, que compramos após arrecadar dinheiro entre nós, o que diga-se de passagem foi muito legal e gratificante.
            Mas  hoje, enquanto eu estava na casa da minha mãe, ouvi alguém chamar no portão, já era noite, umas nove horas, quando atendi, era uma menina, mais ou menos onze anos. Logo reconheci. Nós tínhamos passado na casa dela na semana passada, e havíamos deixado uma cesta básica, e tínhamos escolhido a casa dela justamente por que haviam várias crianças.
            Como é que pode? Escolhemos aleatoriamente as casas onde iríamos deixar as cestas, e hoje eu estava na casa da minha mãe, onde não moro a quase cinco anos, e que vou menos do que deveria,  e é justamente eu que atendo aquela menina, a qual eu tinha conversado semana passada, em um bairro longe dali, onde talvez eu não saiba nem ir de novo.
            Quando fui levar umas coisas que minha mãe separou, ela me perguntou com um sorriso no rosto: “vocês tem bebês? Eu vi o bercinho pela janela...”
            Eu só respondi que sim, e perguntei se ela morava mesmo na casa onde havíamos passado, ela, ainda sorrindo disse que sim, e que lembrava de mim quando tínhamos ido na sua casa.
            Na esquina estavam sua mãe, e os outros irmãos, com um carrinho que usam para catar papelão.
            Eu sei lá porque, o sorriso daquela menina me corroeu por dentro, talvez tenha sido pela coincidência, e por eu ter visto a dificuldade que ela e sua família passam, ou simplesmente por ver que mesmo com a vida que ela leva, ela ainda é capaz de sorrir.
            E nós que temos tudo, e as vezes mais do que precisamos, reclamamos de nossas vidas...
           Eu espero sinceramente poder sorrir sempre, e se eu tiver pelo menos a metade da força que eu vi naquela menininha, para mim já será suficiente, espero o mesmo para ti...  

            

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